(O Globo – Segundo Caderno - 05/10/04)
CELEBRAÇÃO DO SAMBA
Muito mais descontraída e cheia foi a sessão anterior, prestigiada pela comunidade do samba na medida do possível, devido ao horário, quando as urnas ainda estavam abertas. Anna Azevedo chamou ao palco as tias Doca, Surica e Eunice, para que lhes fossem entregues buquês de flores.
- Obrigado por se lembrarem dessas anciãs — disse tia Surica, que já havia arrancado risos da platéia ao lembrar que “o filme nasceu lá no Cafofo” (sua casa, cenário de muitos pagodes e almoços).
Anna ainda distribuiu três vídeos do curta, um belo trabalho sobre uma forte tradição do universo do samba carioca, a das madrinhas sob cujos braços acolhedores os sambistas se reúnem, autocelebram-se e criam. Os vídeos, acompanhados de vales que poderiam mais tarde ser trocados pelo livro “Batuque na cozinha”, de Alexandre Medeiros (ainda não lançado), estavam escondidos debaixo de algumas poltronas do Odeon.
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