Majestade do Samba

PORTELA é FATO E FOCO



sexta-feira, 29 de junho de 2018

PORTELA (Carnavalesco)

EX-REI MOMO SERÁ O NOVO CARNAVALESCO DA PORTELA (O DIA – 23/3/09)

Novidade na Portela. Uma reunião nesta segunda-feira acertou a contratação de Alex de Oliveira, ex-Rei Momo do Carnaval, para o cargo de carnavalesco da escola. 

Ele dividirá a responsabilidade com o Amauri Santos, que em 2009 foi o responsável pelo desfile da União do Parque Curicica, do Grupo B. Alex, que é arquiteto, estreou como carnavalesco este ano assinando o desfile da Unidos do Jacarezinho. 

A dupla será apresentada oficialmente no dia 11 de abril, quando a Portela completará 85 anos. No último carnaval, a azul-e-branco ficou em terceiro lugar.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Portelenses (Depoimentos)

SAMBISTAS DERAM DEPOIMENTO PARA O CENTRO CULTURAL CARTOLA (o carnavalesco – 19/3/09)

O Centro Cultural Cartola recebeu Tia Surica e os compositores Noca da Portela e Zé Katimba no último sábado. 

Noca falou que foi descoberto depois de um elogio de Paulinho da Viola. 

Mais tarde, foi a vez de Zé Katimba, autor de 'O teu cabelo não nega' e 'Martin Cererê', clássicos sambas da Imperatriz Leopoldinense. Ele criticou o peso das fantasias que os componentes usam para desfilar e os rumos do carnaval atual. 

Por fim, foi a vez de Tia Surica, que contou seu amor pelo samba e o que já fez por ele. Ela lembrou em uma ocasião que precisou empenhar uma pulseira para comprar sua fantasia. 

Já passaram pelo Centro Cultural Cartola nomes como Dodô da Portela, Nelson Sargento, Monarco, Delegado, entre outros. De acordo com a instituição, até o final do ano, pelo menos mais vinte sambistas serão ouvidos. 


segunda-feira, 25 de junho de 2018

Gilsinho (Puxador)

GILSINHO CONTINUA NA PORTELA (o carnavalesco – 15/3/09)



Desde 2006 como a voz oficial da Portela, Gilsinho renovou com a escola de Madureira para o próximo carnaval. O presidente Nilo Figueiredo confirmou a presença do intérprete para 2010 e negou qualquer convite para desenvolver um enredo sobre os 50 anos de Brasília.

-  Não recebi nada. Posso receber amanhã, mas hoje não tenho nada.

Em relação a situação do casal do mestre-sala e porta-bandeira, o presidente ainda não tem uma decisão sobre o futuro dos dois na escola.

Outra dúvida é a situação do carnavalesco Lane Santana. O presidente Nilo ainda não renovou com o profissional para o próximo carnaval.

terça-feira, 5 de junho de 2018

PORTELA (Carnavalesco)

PORTELA: LANE GOSTARIA DE PERMANECER (o carnavalesco – 12/3/09)

Terceira colocada em 2009, a Portela voltou para o desfile do sábado das campeãs pela segunda vez consecutiva, fato que não acontecia há alguns anos. Lane Santana, carnavalesco que trabalhou em parceria com Jorge Caribé, gostou da experiência, que culminou com um bom resultado.

-  O maior resultado foi a superação da Portela em um ano tão difícil na questão financeira, não só para a escola, como para as co-irmãs. Felizmente, contei com uma equipe de barracão muito boa e dedicada. Trabalhar em parceria com o Caribe foi bem tranqüilo. Sob uma pressão imensa, conseguimos dar o nosso recado - disse.

Segundo ele, com o decorrer do tempo a agremiação de Madureira está em evolução, deixando de lado certas coisas que só atrapalhavam as tentativas de melhora. E isso tem se refletido nas boas colocações dos últimos anos, como conta:

-  Em 2009, eu coloquei pessoas ligadas ao enredo entre as baianas. Caso eu continue, vou tentar melhorar esse resultado. Provamos que é possível. A escola está se organizando, acertando a equipe. Ano após ano vai se aperfeiçoando. A cada carnaval se aprende mais. 

Ao ser perguntado sobre a razão de nenhuma nota máxima no quesito Alegorias e Adereços, o carnavalesco apontou a falta de dinheiro como o maior problema para a decoração dos carros. 

- Todas as escolas tiveram problemas financeiros. Talvez isso tenha sido um agravante. Dependo da dedicação dos decoradores e dos profissionais do ateliê. Sem dúvidas, o lado financeiro atrapalhou, mas conseguimos superar - afirmou.

sábado, 2 de junho de 2018

Walter Alfaiate

COM WALTER ALFAIATE (O Globo - 03/2009) 


Em geral associam você à elegância e à malandragem. Você se considera malandro? 

WALTER ALFAIATE: Me considero. Confundem malandro com pilantra, vigarista, vagabundo. Mas malandro trabalha, gosta de brincar, de sambar, de namorar. Malandro anda de cabeça em pé, chega bem chegado, todo mundo aplaude. Nunca gastei gasolina de camburão nem folha do Estado para bater processo (ou seja, nunca foi preso). 

Como vai sua alfaiataria? Você gosta de ser chamado de alfaiate, costureiro, estilista ou personal stylist? 

-  Per... o quê? Soa sonoro, mas nunca ouvi falar. Não quero esse negócio de coisa em inglês e francês. Negativo. Chama de alfaiate que está tudo bem. Não sou estilista, que só desenha, nem costureiro, que costura muito para mulher. Aliás, vejo cada roupa esquisita nos desfiles que vou te contar. Mas minha profissão está em extinção. Os da antiga estão morrendo, e ninguém mais aprende o ofício. O chinês chegou aqui para bagunçar a gente. Ele vende pastel, caldo de cana e roupa barata que não vale nada. E hoje o sujeito vai de calça jeans a casamento e formatura. Os fregueses sumiram todos. Não entra gente nem para fazer bainha. 

Como surgiu o apelido Walter Alfaiate? 

-  Nasci Walter Nunes Abreu. Virei Walter Sambista porque só trabalhava cantando. Depois passei a Walter Sacode (por causa do sucesso de “Sacode carola”). E aí Sérgio Cabral me batizou de Walter Alfaiate (dizia que era mais popular). Deu certo. 

Como será seu carnaval? 

-  Além do desfile na Portela, vou a Maricá defender uma grana. Eu, Monarco, Wilson Moreira e Nelson Sargento vamos fazer shows. Tem gente que me confunde com o Nelson, não sei por quê. Não pareço nada. Assim como me chamam de Walter Sargento, devem chamá-lo de Nelson Alfaiate. Ele que não fique zangado, mas sou mais bonitinho. (Risos.) Também vou aos blocos. Quando garoto, criei muitos, como o Bloco da Bacia. Tinham jogado fora uma bacia, peguei-a de brincadeira e fui para a frente do bloco. Começaram a botar dinheiro. A gente gastava em cachaça e cerveja. Antes, no carnaval de rua, o cara saía fantasiado de mulher, e a mulher de homem. Hoje não precisa, porque já andam vestidos assim o ano todo. Após o carnaval, entro em estúdio para gravar meu quarto CD. É um apanhado de sambas da antiga, tipo Ciro Monteiro, junto com meu lado crooner, de canções de dor-de-cotovelo. 

Quando você era crooner de boate, nos anos 50, foi convidado para o rádio, mas “tremeu”. Arrepende-se?

-  Não. Tinha 23 anos, sei lá o que seria de mim hoje se estourasse na época. Se tivesse explodido ali, podia ser que, com 68 anos (quando lançou seu primeiro disco), dissessem: “Já tá velho.” Como comecei tarde, hoje em dia me acham até broto. Por isso digo que me trato com pediatra. Ninguém diz que vou fazer 79 anos (dia 7 de junho). A voz está ótima. Em 2006 tive um edema, fiquei 28 dias internado. Sou hipertenso, mas me cuido. Afinal, o coração já é traiçoeiro de nascença. Além disso, ele se apaixona e depois fica chorando a traição das mulheres. E o meu parece que gosta de sofrer, minha vida amorosa é um desacerto danado (ele foi “amigado” quatro vezes e hoje “tá ficando”). Em 2008, tive pneumonia, mas já está legal. O samba me faz bem. Ele tem tudo: S de saúde, A de amor, M de mulher, B de bondade e A de amizade.