GLOBO COMUNIDADE – PORTELA (02/05)
A Portela foi fundada em 1923. Naquela época os sambistas eram marginalizados, perseguidos pela polícia. Hoje, mais de 80 anos depois, o samba é um agente de inclusão social. Na quadra da escola, crianças do projeto Primeiro Passo, do Sesc Madureira, aprendem as técnicas dos passos do samba. No total, 105 crianças e adolescentes, de 6 a 19 anos, participam do projeto.
Mas como o samba pode atuar como um agente de inclusão social? “O projeto Primeiro Passo tem como objetivo tirar crianças ociosas das ruas e oferecer um futuro melhor para elas. Temos vários exemplos de crianças que melhoraram as notas na escola, que estavam baixas, depois de entrarem no projeto”, ressaltou Valcy Lima, coordenador do projeto. Quem não tirar notas boas, fica de fora do projeto.
“A gente tem uma preocupação com a parte artística do samba, que hoje está muito corrido. A gente quer mostrar qualidade, para que o samba continue bem vivo no carnaval carioca. Outra coisa importante é a criança aprender a ter disciplina e limites, respeitando os coordenadores”, explicou Del Freire, também coordenador do projeto.
“Antes de entrar no projeto, eu não tinha o que fazer em casa. Agora, tenho um compromisso com o projeto e com o samba”, destacou Aline Alves, de 12 anos.
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