A TABAJARA DO CARNAVAL DO RIO DE JANEIRO (Jornal Extra - 14/01/2007)
Nos anos 60, graças a Ari Barroso, a bateria da Portela passaria a ser chamada de a “Tabajara do Samba”, tamanha era a perfeição do som produzido pelos ritmistas. Por ali, já passaram os mestres Betinho, da fundação à década de 60; Cinco, na década de 70; Marçal, na década de 80; e Timbó, na década de 90.
Arsênio Netuno de Castro, o Arsênio da Cuíca, de 66 anos, viu toda essa geração. Com 42 anos de Portela, não se sente constrangido por ser regido por um menino de apenas 14 anos.
- É bom ver essa garotada chegando. Me identifico melhor com eles — diz.
O toque do surdo
A bateria da escola tem como característica principal o toque do surdo de terceira, inventado por Sula, na década de 40, e o toque rufado de caixas. Tocar ali, não é tarefa fácil. Mas Wagner Cabral, de 23 anos, também acredita no talento de Gigante.
- O Gigante é dedicado e é importante renovar. Mas não dou mole para ele — brinca Cabral, primeiro repique da Portela.
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