BATUQUE TEMPERA OSWALDO
CRUZ (O Globo - 18/05/2008 )
Terra da PORTELA, Oswaldo Cruz oferece a Feira Gastronômica do Samba, uma vez por mês, os mais variados pratos preparados pelas tias.
Se há tempos - como nos versos do mestre Paulinho da Viola - era preciso ser da Portela para saber que a "coisa é divina", hoje em dia basta ter apetite e passar pela Feira Gastronômica do Samba, em Oswaldo Cruz. Lá, portelenses, imperianos, tias e bambas se misturam a pessoas de toda a cidade para apreciar o melhor da tradicional culinária das rodas de samba. No meio da Praça Paulo da Portela, todo segundo domingo de cada mês, um palco é montado e, enquanto o batuque pede passagem, 17 barracas ao redor oferecem de cozido a tripa lombeira, passando por angu à baiana e vatapá. E, numa das tendas, inclusive, é servido o "famoso feijão da Vicentina", hoje preparado pelas talentosas mãos de Marlene Nascimento, de 67 anos, sobrinha da pastora portelense. Como toda boa feijoada, a feira gastronômica é completa.
- Já provei de tudo um pouco - diz a aposentada Jerônima de Paula, de 57 anos, moradora do bairro, que, com 14 amigos, esteve na primeira edição, domingo passado.
Para o sambista Marquinhos de Oswaldo Cruz, idealizador da Feira Gastronômica do Samba, o projeto serve para incentivar a atuação das "tias" como cozinheiras profissionais, além de levar diversão aos moradores.
Se há tempos - como nos versos do mestre Paulinho da Viola - era preciso ser da Portela para saber que a "coisa é divina", hoje em dia basta ter apetite e passar pela Feira Gastronômica do Samba, em Oswaldo Cruz. Lá, portelenses, imperianos, tias e bambas se misturam a pessoas de toda a cidade para apreciar o melhor da tradicional culinária das rodas de samba. No meio da Praça Paulo da Portela, todo segundo domingo de cada mês, um palco é montado e, enquanto o batuque pede passagem, 17 barracas ao redor oferecem de cozido a tripa lombeira, passando por angu à baiana e vatapá. E, numa das tendas, inclusive, é servido o "famoso feijão da Vicentina", hoje preparado pelas talentosas mãos de Marlene Nascimento, de 67 anos, sobrinha da pastora portelense. Como toda boa feijoada, a feira gastronômica é completa.
- Já provei de tudo um pouco - diz a aposentada Jerônima de Paula, de 57 anos, moradora do bairro, que, com 14 amigos, esteve na primeira edição, domingo passado.
Para o sambista Marquinhos de Oswaldo Cruz, idealizador da Feira Gastronômica do Samba, o projeto serve para incentivar a atuação das "tias" como cozinheiras profissionais, além de levar diversão aos moradores.
- A idéia é que elas montem um bar, um restaurante daqui pra frente. As opções de lazer são escassas por aqui. Eventos como esse agitam o bairro - resume.
Preço das comidas varia entre R$3 e R$10.
A feira é patrocinada pelo Ministério do Turismo e da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, que destinam cerca de R$220 mil para a realização de dez edições. O evento conta ainda com apoio da prefeitura, do Sebrae, da Fundação Cultural Palmares e do Mercadão de Madureira, que forneceu os ingredientes para os pratos.
Nas barracas - a maioria leva o nome das tias e pastoras de agremiações - encontra-se variedade. As delícias, como caldo de piranha, roupa velha e caldos, são vendidas em porções, e o preço varia entre R$3 e R$10.
- Assim dá para provar vários pratos - comenta advogada Mariana Farias, de 32, moradora de Vila Isabel.
Como já acontece nas feijoadas das escolas de samba da região, a feira atraiu pessoas de todos os cantos da cidade. O casal Breno Poubel e Aline Lopes, ambos de 33 anos, foi do Jardim Botânico até Oswaldo Cruz.
- Vemos que os eventos na Zona Sul contam com mais apoio e têm mais infra-estrutura - comenta Aline.
- Por outro lado, não encontramos esse tipo de evento na Zona Sul - diz Breno.
Atração da estréia, a imperiana Dona Ivone Lara elogiou o clima da festa:
- As pessoas só querem se divertir, comer e sambar.
A próxima edição será dia 8 de junho. A Feira Gastronômica começa ao meio-dia; a roda de samba, às 14h.
- Sempre teremos uma atração especial - anuncia Marquinhos.
"Não encontramos esse tipo de evento na Zona Sul".
BRENO POUBEL- Músico, morador do Jardim Botânico.