Mais antiga das feijoadas do gênero, a da Portela voltou à escola em 2004 e mantém a tradição iniciada nos anos 70 por Vicentina, saudosa pastora da Velha Guarda e cozinheira de mão cheia. E são os antigos compositores da escola que cantam nos primeiros sábados do mês, na Feijoada da Família Portelense — sábado é dia, excepcionalmente.
Quem comanda as panelas é a cozinheira Ivete, também à frente da ala Feijão da Vicentina, formada na escola pelas 23 cozinheiras que preparam 100 quilos de feijão a cada evento.
Famosa pela leveza, a feijoada da Azul e Branco transforma a quadra em terreiro ao som da Velha Guarda. As carnes são dessalgadas em água corrente e têm pouca gordura. A carne seca, por exemplo, é feita com peças de lagarto e o feijão não leva rabo nem orelha de porco.
O espaço amplo e arejado da quadra é uma das vantagens, criando clima familiar, com crianças brincando enquanto os pais tomam suas cervejinhas. O evento atrai também muitos estudantes, que não raro vêm de outros estados, e a quadra recebe média de 5 mil pessoas. “Na Portela, o feijão anda de mãos dadas com o samba. Estamos dando continuidade”, diz Monarco, figura central da atual Velha Guarda.
Rua Clara Nunes 81, Madureira (2489-6440)
Sábado, das 13h às 20h
Valor: R$ 5 (entrada). R$ 7 (feijoada)
Censura: Livre.
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