SUCESSO EM TORNO DE UM PRATO TÍPICO DE SAMBISTA (O DIA – 03/06/06)
Aniversário de três anos da Feijoada da Portela recebe baluartes da escola, entrega troféu Jair do Cavaquinho e une sambistas.
Cem quilos de feijão, 75 de arroz, 65 de farofa, carnes e couve. Achou muito? Não em se tratando da comemoração dos três anos da feijoada da Portela, que aconteceu na tarde deste sábado, na quadra da escola, em Madureira. Tudo isso, regado com muita bebida, animação e música, que ficou a cargo da tradicional Velha Guarda, que deu o tom da festa.
Ivete Pereira, a Tia Ivete, como é conhecida a chefe das cozinheiras da escola, começou os trabalhos na quinta-feira, com a chegada dos ingredientes necessários para se fazer uma boa feijoada. "Feijão é o prato do sambista", disse ela, contando sobre o modo de preparo da feijoada e relembrando os tempos em que começou sua vida portelense.
E quando se pensa que o sucesso a feijoada se dá apenas por territórios cariocas, uma surpresa: Roseane Lima, professora de dança, veio da Paraíba especialmente para o evento. "Comecei a gostar da Portela quando era criança, através da Clara Nunes. Meus pais brigavam para que eu fosse dormir cedo, mas ía depois que a Clara passava com a Portela. E mais: ele me acordava cantando os sambas da Portela no banheiro", contou Roseane, que sempre se emociona quando vai à quadra. "Parece que é sempre a primeira vez. Não tem explicação", completou.
Para o presidente Nilo Figueiredo, a feijoada tem um grande objetivo. "É importante para resgatar o hábito do portelense de freqüentar a quadra da escola, além de colocar a Portela na mídia. A escola precisa ser lembrada sempre", disse o presidente que explicou que a renda do evento é divida entre os organizadores e não há vantagem por parte a escola.
Ainda no palco onde aconteceu a apresentação da Velha Guarda Show, ao longo do evento, houve homenagens e participação de convidados especiais, como Teresa Cristina e Moacyr Luz. O compositor Jair do Cavaquinho, que faleceu este ano, foi lembrado pelo presidente Nilo, que reconheceu sua alegria e vontade de viver, e também por um troféu que leva seu nome e foi entregue para família do compositor.
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