NO TEMPO DE PAULINHO (O Globo – 11/02/07)
O desfile pela Portela, na segunda-feira de carnaval, será vivido por um Paulinho cada vez mais sintonizado com a realidade atual das escolas de samba, ele que foi, durante anos, um dos seus críticos mais atuantes.
- Vejo hoje que já não tem sentido ficar reclamando, ano após ano, dos caminhos que as escolas tomaram. As escolas existem, têm uma vida, são o que são, e ninguém pode mais fazer com que voltem a ser o que foram. Amo a Portela, amo a história da Portela e também as histórias das outras escolas. Mas sei que vivemos um tempo diferente, um tempo que preciso entender e respeitar. Afinal, as escolas ainda encantam o público, emocionam, e é o que conta.
Compositor vê com prazer a volta do carnaval de rua
Paulinho da Viola vê pelo menos um benefício resultante do megashow em que as escolas se converteram:
- Os que não podem participar, não conseguindo lugar nas arquibancadas do Sambódromo, estão se voltando para os blocos e, assim, retomando o carnaval de rua.
No começo da semana, Paulinho deu entrevista a um jornal de São Paulo sobre um tema baseado em frase atribuída a Vinicius de Moraes: “São Paulo é o túmulo do samba”.
- Acho que os paulistas se preocupam demais com isso — observa. — Primeiro, é preciso saber em que contexto Vinicius teria dito aquilo. Na minha opinião, o que os paulistas devem fazer é estudar mais e melhor o seu samba. Por exemplo: quando acabou, em São Paulo, a repressão policial ao sambista? Aqui, nós sabemos, pelo que nos contaram Cartola e outros daqueles tempos. Estudar isso é importante até para entender por que o samba de lá é como é.
Paulinho não esquece as diferenças de sempre: o Rio como cidade menos formal, mais solar, menos austera, mais alegre e, por fim, mais sambística. Com um detalhe para tornar o tema ainda mais complicado:
- Antes, dizia-se que o samba das escolas paulistas era marcha, porque inspirado nos blocos de embalo. Hoje, o samba das grandes escolas do Rio não é muito diferente.
O desfile pela Portela, na segunda-feira de carnaval, será vivido por um Paulinho cada vez mais sintonizado com a realidade atual das escolas de samba, ele que foi, durante anos, um dos seus críticos mais atuantes.
- Vejo hoje que já não tem sentido ficar reclamando, ano após ano, dos caminhos que as escolas tomaram. As escolas existem, têm uma vida, são o que são, e ninguém pode mais fazer com que voltem a ser o que foram. Amo a Portela, amo a história da Portela e também as histórias das outras escolas. Mas sei que vivemos um tempo diferente, um tempo que preciso entender e respeitar. Afinal, as escolas ainda encantam o público, emocionam, e é o que conta.
Compositor vê com prazer a volta do carnaval de rua
Paulinho da Viola vê pelo menos um benefício resultante do megashow em que as escolas se converteram:
- Os que não podem participar, não conseguindo lugar nas arquibancadas do Sambódromo, estão se voltando para os blocos e, assim, retomando o carnaval de rua.
No começo da semana, Paulinho deu entrevista a um jornal de São Paulo sobre um tema baseado em frase atribuída a Vinicius de Moraes: “São Paulo é o túmulo do samba”.
- Acho que os paulistas se preocupam demais com isso — observa. — Primeiro, é preciso saber em que contexto Vinicius teria dito aquilo. Na minha opinião, o que os paulistas devem fazer é estudar mais e melhor o seu samba. Por exemplo: quando acabou, em São Paulo, a repressão policial ao sambista? Aqui, nós sabemos, pelo que nos contaram Cartola e outros daqueles tempos. Estudar isso é importante até para entender por que o samba de lá é como é.
Paulinho não esquece as diferenças de sempre: o Rio como cidade menos formal, mais solar, menos austera, mais alegre e, por fim, mais sambística. Com um detalhe para tornar o tema ainda mais complicado:
- Antes, dizia-se que o samba das escolas paulistas era marcha, porque inspirado nos blocos de embalo. Hoje, o samba das grandes escolas do Rio não é muito diferente.