VÔO DA ÁGUIA QUARENTONA DA PORTELA (Arquivo – 03/10/07)
Águia da Portela – 1968
O carnaval de 1968 apresentou um detalhe, pela primeira vez na história, a Portela
trazia em seu carro abre-alas a escultura de uma águia. A Escola de Oswaldo Cruz, seu símbolo maior e o mais tradicional dos desfiles
completará 40 anos em 2008. A data não deverá ser motivo, no entanto, para uma
homenagem na Marquês de Sapucaí.
“Sabemos
dessa data, mas não pensamos em nada ainda para o desfile, por causa do enredo.
Atualmente, as escolas buscam a modernidade acima de tudo, o uso da tecnologia.
Tem que ter impacto”, diz Cahê Rodrigues, carnavalesco da Portela.
Segundo
ele, os 40 anos da águia não serão totalmente ignorados pela azul-e-branco de
Madureira: “Deverá haver alguma comemoração na quadra, durante os ensaios”,
completa.
Em
1968, a escola cantou o enredo “O Tronco do Ipê”. A Águia, símbolo da Portela
desde a sua fundação, veio no carro abre-alas, bem menor dos que estamos
acostumados a ver na avenida nos dias de hoje.
No
ano que vem, Cahê Rodrigues levará para a Sapucaí o tema “Reconstruindo a
Natureza, recriando a vida: o sonho vira realidade”. Como sempre, a Portela faz
mistério de como será a Águia. Esconder o abre-alas é a grande tradição da
escola. “Ela já veio de todos os jeitos”, lembra o carnavalesco. Até sem asa,
quando em 2005 tudo deu errado no desfile e culminou com a Velha Guarda barrada
na avenida.
Ele
lembra, contudo, da tradição do símbolo maior da escola de Madureira. “A Águia
tem uma participação especial na história da Portela. A escola sem ela é
inaceitável. O portelense não admite ver a Portela entrar na avenida sem a Águia”, acrescenta Cahê, que irá realizar no próximo carnaval seu primeiro
trabalho solo na Portela.
Quarentona,
a Águia voará mais uma vez na Sapucaí atrás do título que não vem desde 1984.
Campeã ou não, uma coisa é certa: o carnaval não seria o mesmo se, em 1968, a
Portela não tivesse levado para a Candelária a escultura feita por Bira
Sargento em seu abre-alas.
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