ÁGUIAS PARA VOAR AO OLIMPO (O DIA – 16/02/07)
No enredo que fala sobre o Pan-Americano, a Portela levará para a Avenida este ano 23 representações da avenida.
A Águia volta a voar alto, depois do sufoco e da correria no barracão da Portela. O atraso no repasse do R$ 1,2 milhão de patrocínio do Ministério dos Esportes foi superado, e a Azul-e-Branca se deu ao luxo de investir R$ 80 mil em efeitos especiais e movimentos no símbolo do pede-passagem. Ela será inteiramente coberta por microlâmpadas. O enredo vai falar de esporte, beleza e saúde para levantar a bandeira dos Jogos Pan-Americanos deste ano no Rio.
“Estamos prontos para sair do barracão. É bom que se diga isso para que o componente da escola entre na Avenida com garra pelo título”, incentiva o carnavalesco Cahe Rodrigues, que assina com Amarildo de Mello a produção artística.
CHAMA DA VITÓRIA
Atletas e águias povoam diversas alegorias. No total, haverá 23 representações da ave no desfile. O carro dois, “O templo de Zeus”, concentra 21, que vão puxar bigas com soldados.
Cinqüenta homens de corpos esculturais vão se dividir entre guerreiros e atletas gregos, com movimentos das primeiras modalidades olímpicas. “As águias são uma referência aos campeonatos da escola”, conta.
Na última alegoria, deuses portelenses se encontram em pé de igualdade com os deuses do Olimpo.
O cantor Zeca Pagodinho, o compositor Paulinho da Viola e membros da Velha Guarda vão homenagear Candeia, Natal, Clara Nunes e outros baluartes, acendendo a chama da vitória.
Ídolos dos esportes vão emprestar o brilho das suas medalhas à agremiação e farão esforço pelo campeonato, exibindo-se nas alegorias. A seleção de ginástica vale ouro: os irmãos Diego e Daniele Hipólito, Daiane dos Santos e Laís Souza. No hall da fama estão ainda nadador Luiz Lima o corredor Robson Caetano e a jogadora de vôlei Jaqueline Silva.
Pressa no barracão da Azul-e-Branca.
O ritmo ainda é intenso no barracão da Portela para dar os últimos retoques. Há três semanas, o carnavalesco Cahe Rodrigues está, praticamente, morando no barracão. “Saio todos os dias às 3h e vou para um hotel no Centro da cidade, alugado pela escola. Mas está valendo a pena”, conta.
Cahe diz que o Carnaval da Portela é a sua grande oportunidade numa escola de tradição. Uma chance que ele não pretende desperdiçar. “Houve momento em que as pessoas estiveram aterrorizadas, com medo de não dar tempo. Mas agora é só elogio. Se a escola voltar para o desfile de sábado (das campeãs), será bom para todo mundo”, afirma Cahe.
Um dos trunfos será a exibição da bateria do jovem Mestre Nilo Sérgio. Ele promete um show de acrobacias com o grupo de liras à frente dos ritmistas, dando toque diferenciado à sua apresentação.
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