Tia Doca

Tia Doca comemora 30 anos de pagode e Dudu Nobre agita o Canecão (Segundo Caderno - O Globo - 16/06/2005)

O movimento sambístico que ficou consagrado com o nome pagode completou, recentemente, 20 anos. Mas, como qualquer fã de Zeca Pagodinho ou Almir Guineto está cansado de saber, pagode não é gênero musical (assim como forró): é uma festa em que se canta samba, em suas diversas vertentes. Quem freqüenta a quadra da Portela e as casas dos integrantes de sua Velha Guarda, em Madureira e Oswaldo Cruz, já canta batucando na mesa há pelo menos 30 anos: foi em 1975 que institucionalizou-se o Pagode da Tia Doca, que até cinco anos atrás era restrito a Madureira, até que a atriz e agitadora Angela Leal teve a idéia de levar a festa ao Teatro Rival, no Centro. O Pagode da Tia Doca acontece mais uma vez hoje, às 19h30m, no Rival, comemorando os 30 anos de sua fundação.

Gabriel Gitahy

GABRIEL GITAHY fará parte do Elenco de América. (06/05)

Compositor e intérprete mirim da Filhos da Águia, Gabrielzinho, como é chamado por todos, começou cantando clássicos de Dorival Caymmi aos 4 anos e atualmente aos 9 anos de idade, é considerado um veterano em rodas de samba do Rio de Janeiro além de fazer shows no SESC Madureira.

Gabrielzinho ficou cego aos sete meses depois de sofrer três paradas cardíacas e três respiratórias, mas ser portador de necessidades especiais, não abate o menino, que freqüenta a escola, brinca com amigos, faz teatro, aulas de partido alto e participará da novela global América em uma entrevista no programa de Dudu Braga contando a sua experiência de vida. A você que cantou na avenida " ... Filhos da Águia o orgulho da Portela..." podemos dizer que tu és, motivo de muito orgulho.

Feijoada Portelense

FOI UM RIO QUE PASSOU EM MINHA VIDA (06/05)

Freqüentadores de longa data da feijoada da Portela ficaram nostálgicos após a última edição, no fim de semana passado, quando cada lata de cerveja saía a R$4, vips foram separados do público e não havia lugar suficiente para todos se sentarem.

Deu saudade do tempo em que a informalidade e a camaradagem sem discriminação eram a marca do encontro. Mas, pelo menos isso, a comida continua tão boa quanto antes.

Pagode da Tia Doca

TIA DOCA COMEMORA O 30º ANIVERSÁRIO DE SEU PAGODE NESTE SÁBADO, ÀS 22H, NA QUADRA DA PORTELA. (10/06/05)

Será amanhã (11/06) no Portelão, a comemoração do 30º ano do tradicional Pagode da Tia Doca, mais uma prova de que o verdadeiro samba mora entre Oswaldo Cruz e Madureira. Parabéns à Tia DOCA pelo evento.

Prima pobre

(O DIA – 06/06/05)

A quadra da Portela está passando por uma megarreforma. Vai ter até ventilador com chuveirinho, igual ao da Mangueira. Só não há dinheiro para um teto solar como o da verde-e-rosa.

Azul e Branco

Terreiro de samba e de bambas

Portela reedita concurso em sua quadra em Madureira com novos e antigos talentos.

A luz do candeeiro de lata, pendurado na parede, já foi marca registrada dos pagodes cariocas. As festas varavam a madrugada no terreiro das escolas, onde a poeira do chão de terra batida levantava a cada passo do corta-jaca, apanha-o-bago, separa-o-visgo e miudinho. Hoje, não há samba à luz de lampião e nem cabrochas sambando de pé no chão, mas parte dessa tradição vem sendo resgatada pela Portela, que está reeditando as competições de samba de terreiro em sua quadra.

Se pensar que no passado, nessas competições, tornaram-se famosos sambas como “Quantas Lágrimas”, “Doce Melodia”, “Isolado no mundo” e “Lenço”, a disputa promete. A iniciativa, por exemplo, já está servindo para unir três gerações de compositores: Noca da Portela, de 72 anos, Marquinhos de Oswaldo Cruz, de 43, e Diogo Nogueira, de 24, filho do compositor João Nogueira, morto em 2000. Os três estão participando do concurso.

- Sempre sonhei com a volta dessa competição. Quando o Candeia era presidente da ala de compositores, os participantes tinham que mostrar o samba a ele. Se fosse ruim, não entrava — diverte-se Noca, campeão em 1967 com “Portela Querida”.

Responsável pelo resgate do Trem do Samba e da Feijoada da Família Portelense, Marquinhos de Oswaldo Cruz acrescenta:

- Lembro que os sambas de terreiros eram cantados no bloco de sujo de Madureira.

Sendo o mais novo da turma, Diogo acha importante a competição por resgatar uma tradição da escola, mas acrescenta que pensa em vôos mais altos. Ele quer fazer um trabalho solo.

(Jornal Extra - 05/06/05)