Majestade do Samba

PORTELA é FATO E FOCO



sábado, 18 de abril de 2015

Noca da PORTELA (Encontro de Compositores)

NOCA DA PORTELA COMANDA ENCONTRO DE COMPOSITORES NA ESTAÇÃO DA LEOPOLDINA (O DIA – 15/03/07)

A Estação Barão de Mauá, conhecida como Estação Leopoldina, será local de um grande encontro de compositores nesta sexta-feira comandado por Noca da Portela, vencedor de seis sambas na azul e branco de Madureira.

Os sambas-enredo de 1985 'Recordar É Viver' e de 1998 'Os Olhos da Noite', entre outros sucessos farão parte do repertório do sambista. Noca, que esteve ano passado à frente da secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, promete reviver também outros clássicos do carnaval.

A noite contará ainda com Bizuca, ganhador de três sambas-enredos na Mangueira, que fechará o encontro com "Os 10 mandamentos - o samba da paz , canta a saga da liberdade", de 2003. Outro convidado é Gilson Bernini, vencedor de "Das águas do velho Chico, nasce um rio de esperança", de 2006.

A roda de samba terá a participação do Quintal do Pagodinho, grupo formado por compositores de sucessos conhecidos na voz de Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Alcione, Martinho da Vila, entre outros. O Encontro dos compositores ocorrerá todas as sextas-feiras, a partir das 18 horas na Av. Francisco Bicalho, s/n - Santo Cristo.

Serviço:
Estação do Samba. Estação Barão de Mauá, s/n - Santo Cristo (Estação Leopoldina). Horário: das 18 às 2:00 horas. Ingressos: Homem R$ 20,00 (Meia R$10,00). Mulher R$10,00 ( Meia R$5,00).

terça-feira, 14 de abril de 2015

Majestade do Samba (33ª Edição - Março/2007)



PORTELA 2007 (Ensaio Técnico)











PORTELA 2007 (Organograma de Desfile)

ORGANOGRAMA DETALHADO DO DESFILE DA PORTELA

Pessoal, montei um organograma do desfile da Portela, detalhando setores, carros e alas, para que possamos ter uma noção mais detalhada de como será o desenvolvimento do enredo. Alerto que essa não é a ordem oficial do desfile, apenas ordenei as alas pelos temas em seus respectivos setores, acreditando que o desfile irá transcorrer mais ou menos dessa forma. Acredito que o desenvolvimento do enredo está bem condizente com a sinopse.

1° SETOR: “A CHEGADA DOS DEUSES DO OLIMPO NA TERRA DO CARNAVAL”

Comissão de frente: Os Deuses do Olimpo na Terra do Carnaval.
1º casal de mestre-sala e porta-bandeira: A chama Olímpica.

Carro 01: A grande águia altaneira

Ala das baianas.

Carro 2: Abre-alas: Olímpia é aqui

Ala Hermes o Mensageiro
Ala Atenas
Ala Afrodite
Ala Orfeu
Ala Dionísio

2° SETOR: OLIMPÍADAS MODERNAS - “SONHOS E CONQUISTAS DE UMA NOVA ERA”

Carro 03: O Barão de Coubertin – “As olimpíadas modernas”

Ala continentes (Europa - Azul - 30 Componentes). (Ásia – Amarelo - 30 Componentes). (África – Preto - 30 Componentes). (América – Vermelho - 30 Componentes). (Oceania – Verde - 30 Componentes)
Ala Coubertin – Herói de uma era
Ala Chama que não de apaga – Tocha Olímpica

3º SETOR: “PROPAGAÇÃO DA MENSAGEM DE HERMES PARA AS AMÉRICAS”

Ala dos Compositores

Carro 04: O Olimpo tropical

Ala América do Sul
Ala América do Norte
Ala América Central e Caribe
Ala Brasil em aquarela

4º SETOR: “O OURO VERDE E AMARELO”

Rainha da Bateria (Bombom): Medalha de Ouro.
Ala Bateria: Delegação medalha de ouro da Portela
Ala Passistas
Galeria da velha guarda: “O Ouro Portelense”

Carro 05: As pratas da casa são ouro

5º SETOR: “A IRMANDADE ENTRE OS POVOS ATRAVÉS DO ESPORTE”

2º casal de MS E PB: Bolas que valem ouro
Ala crianças - O sol nasceu para todos – “O mundo é uma bola”
Ala Sonho de um Mundo Azul e Branco – Vila Olímpica da Portela
Ala Vila Olímpica – O samba ultrapassando fronteiras

Carro 06: Jogos Pan Americanos – “O sonho do ouro brasileiro”

Ala Pátria 
Ala Reis do Futebol
Ala Basquete – Cesta de Ouro

6º SETOR: “ESPORTE É VIDA, SAÚDE E BELEZA”

Carro 07: Carro Academia da vida

Ala Sim a Vida Saudável
Ala Saúde e Beleza – o reflexo do bom viver
Ala Alimentação Saudável
Ala Abaixo o Doping


7º SETOR: “O OLIMPO GREGO SE UNE AO OLIMPO PORTELENSE E JUNTOS ACENDEM A CHAMA DA VITÓRIA”

Carro 08: Os Deuses da Portela e os Deuses do Olimpo acendem a chama da vitória

Ala Oxóssi - Natal - O grande festeiro
Ala Clara Nunes – “Iansã – A grande guerreira”
Ala Candeia - “O grande poeta e compositor”
Ala Oxum

Encerramento: Rio 2007, a cidade do Pan. Delegação do COB / CO-RIO

quarta-feira, 8 de abril de 2015

PORTELA 2007 (Barracão)

ÁGUIAS PARA VOAR AO OLIMPO (O DIA – 16/02/07)

No enredo que fala sobre o Pan-Americano, a Portela levará para a Avenida este ano 23 representações da avenida.

A Águia volta a voar alto, depois do sufoco e da correria no barracão da Portela. O atraso no repasse do R$ 1,2 milhão de patrocínio do Ministério dos Esportes foi superado, e a Azul-e-Branca se deu ao luxo de investir R$ 80 mil em efeitos especiais e movimentos no símbolo do pede-passagem. Ela será inteiramente coberta por microlâmpadas. O enredo vai falar de esporte, beleza e saúde para levantar a bandeira dos Jogos Pan-Americanos deste ano no Rio.

“Estamos prontos para sair do barracão. É bom que se diga isso para que o componente da escola entre na Avenida com garra pelo título”, incentiva o carnavalesco Cahe Rodrigues, que assina com Amarildo de Mello a produção artística.


CHAMA DA VITÓRIA

Atletas e águias povoam diversas alegorias. No total, haverá 23 representações da ave no desfile. O carro dois, “O templo de Zeus”, concentra 21, que vão puxar bigas com soldados.
Cinqüenta homens de corpos esculturais vão se dividir entre guerreiros e atletas gregos, com movimentos das primeiras modalidades olímpicas. “As águias são uma referência aos campeonatos da escola”, conta.

Na última alegoria, deuses portelenses se encontram em pé de igualdade com os deuses do Olimpo. 

O cantor Zeca Pagodinho, o compositor Paulinho da Viola e membros da Velha Guarda vão homenagear Candeia, Natal, Clara Nunes e outros baluartes, acendendo a chama da vitória. 

Ídolos dos esportes vão emprestar o brilho das suas medalhas à agremiação e farão esforço pelo campeonato, exibindo-se nas alegorias. A seleção de ginástica vale ouro: os irmãos Diego e Daniele Hipólito, Daiane dos Santos e Laís Souza. No hall da fama estão ainda nadador Luiz Lima o corredor Robson Caetano e a jogadora de vôlei Jaqueline Silva.
Pressa no barracão da Azul-e-Branca.

O ritmo ainda é intenso no barracão da Portela para dar os últimos retoques. Há três semanas, o carnavalesco Cahe Rodrigues está, praticamente, morando no barracão. “Saio todos os dias às 3h e vou para um hotel no Centro da cidade, alugado pela escola. Mas está valendo a pena”, conta.

Cahe diz que o Carnaval da Portela é a sua grande oportunidade numa escola de tradição. Uma chance que ele não pretende desperdiçar. “Houve momento em que as pessoas estiveram aterrorizadas, com medo de não dar tempo. Mas agora é só elogio. Se a escola voltar para o desfile de sábado (das campeãs), será bom para todo mundo”, afirma Cahe.

Um dos trunfos será a exibição da bateria do jovem Mestre Nilo Sérgio. Ele promete um show de acrobacias com o grupo de liras à frente dos ritmistas, dando toque diferenciado à sua apresentação.

terça-feira, 7 de abril de 2015

PORTELA 2007 (Barracão)

PORTELA ENTRA EM RITMO DE MARATONA PARA TERMINAR CARNAVAL (14/02/07)



No barracão da azul-e-branca, ritmo de trabalho é de 24 horas. Escola pega carona no Pan para enaltecer o esporte.

No barracão da Portela, a maratona é intensa. Afinal, a menos de uma semana para os desfiles do Grupo Especial, a correria é grande para terminar os oito carros da escola para o enredo “Os deuses do Olimpo na terra do carnaval, uma festa do esporte, saúde e beleza”, dos carnavalescos Cahê Rodrigues e Amarildo de Mello. Mas, para os portelenses de plantão, eis uma boa notícia: a azul-e-branca de Madureira já está com seis alegorias prontas para o desfile, na próxima segunda-feira (19).

“Estamos trabalhando em dois turnos, 24 horas por dia. É uma superação diária de desafios. O trabalho atrasou porque a verba do Ministério dos Esportes chegou só em fevereiro. Mas todo o nosso projeto de carnaval foi concluído. A Portela não vai terminar o carnaval na Avenida”, garante Amarildo, em seu terceiro ano na escola.

Este ano, a Portela pega carona nos Jogos Pan-Americanos, que acontecem no Rio de Janeiro, para exaltar a importância dos esportes na sociedade. Por isso, os carnavalescos foram buscar na Grécia o ponto de partida para o enredo. A abertura da Portela conta ainda com a presença das baianas, que este ano personificam Nikés, a deusa grega da vitória. Para a fantasia, foram usados mais de 4,8 mil metros de tecido pintados à mão. 

“Criamos uma espécie de fábula em torno do esporte, para que a gente tivesse mais elementos que carnavalizem o tema”, disse Cahê Rodrigues, de 31 anos, ex-Porto da Pedra. “Está faltando carnaval no carnaval. Os enredos estão cada vez mais sérios. Estamos numa festa, que é a mais popular do mundo”, completa Amarildo.

O enredo cita também o Barão de Coubertin, destaque do terceiro setor da escola. Foi ele quem teve a idéia de trazer de volta a tradição olímpica, no século 19, para incentivar o esporte. “Ele, inclusive, criou o Comitê Olímpico Internacional (COI). É o momento que entramos na história recente das Olimpíadas. Este setor foi muito inspirado no estilo art noveau”, destaca Amarildo de Mello.

O espírito olímpico está presente nos segmentos tradicionais da escola. A bateria vai usar terno e gravata para representar a “Delegação Medalha de Ouro da Portela”. Já o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diego e Alessandra, lembram a cerimônia em que a famosa tocha é acesa. “É uma tradição que permanece viva de Olimpíada em Olimpíada”, acrescenta Cahê Rodrigues.

Quase cem atletas vão desfilar na azul-e-branca de Madureira

Como esporte sugere leveza, a Portela vai levar este ano carros maiores e mais vazados do que os anos anteriores. A idéia é dar mais visibilidade aos quase cem atletas que a azul-e-branca vai levar para a Avenida. Nomes como Daiane dos Santos, Danielle Hypólito e Diego Hypólito estão confirmados no desfile da escola. Mas a grandiosidade não está descartada – sobretudo na águia, o símbolo altaneiro da Portela. 

“Ela já está pronta. Tem 13 metros de asa a asa e vai atingir uma altura de nove metros. Fiz questão de resgatar a nobreza e a expectativa que esse símbolo gera. Não sei se é a águia mais bonita, mas, com certeza, é uma das mais belas que a Portela já apresentou. Eu falo isso quando vejo a impressão do portelense aqui no barracão. A Portela merece uma águia grandiosa”, afirma o carnavalesco Cahê Rodrigues.

O símbolo da escola desfilará em uma arena grega, com direito a movimentos e sons na Avenida. “Na mitologia grega, a águia é a ave sagrada de Zeus, o grande deus do Olimpo. No desfile, ela vai içar uma grande surpresa na Sapucaí”, adianta Amarildo de Mello.

Mas a águia não vem sozinha este ano. Ele desfila num pede-passagem, que antecede o abre-alas da escola – uma representação da Grécia com um total de 21 outras águias, cada uma simbolizando um campeonato da escola. Mas essa overdose não pára por aí: no último carro, mais uma águia está sendo confeccionada. 

A prata da casa azul-e-branca encerra o desfile da Portela. No último setor, os carnavalescos fizeram uma espécie de “Contos de areia” na Grécia. Explica-se: a exemplo do enredo de 1984, quando a Portela enalteceu três baluartes de sua história (Paulo da Portela, Natal e Clara Nunes) comparando-os com orixás africanos, Cahê Rodrigues e Amarildo de Mello vão mostrar a correlação de bambas da Portela com deuses da mitologia grega.

“A nossa velha-guarda vai desfilar no último carro, que faz um paralelo com o Brasil, a África tão presente no carnaval e a Grécia, terra-mãe dos esportes. Os deuses gregos se juntam aos grandes nomes da Portela para acender a chama de três vitórias: a do Rio de Janeiro, por ter conseguido sediar os Jogos Pan-Americanos; a vitória de cada atleta que compete; e a vitória tão esperada pela Portela”, finaliza Amarildo de Mello.

sábado, 4 de abril de 2015

PORTELA 2007 (Tradição)

PORTELA ALIA TÉCNICA À TRADIÇÃO CONTRA JEJUM DE 23 ANOS (JB online – 02/07)

Maior vencedora do Carnaval carioca, mas sem comemorar uma conquista há 23 anos, a Portela percebeu que chegou a hora de adequar a tradição da escola azul e branco às determinações técnicas cobradas pelos jurados para fazer jus ao histórico de títulos. 

Inspirada este ano por um enredo que conta a história do esporte e comemora os Jogos Pan-Americanos no Rio, a escola garante ter deixado para trás o lema 'importante é competir' e aposta em uma profissionalização maior e em um samba fácil de cantar para por fim ao jejum. 

- Achavam que a Portela tinha nome e não precisava de título, bastava passar pela avenida e estava bom - disse o carnavalesco Amarildo de Mello, responsável ao lado de Cahê Rodrigues pelo enredo 'Os deuses do Olimpo na terra do Carnaval: uma festa do esporte, saúde e beleza'. 

- O enredo é leve e permitiu que a gente colocasse uma escola esteticamente da maneira técnica que é exigida hoje - acrescentou. 

A última vez que a escola sagrou-se campeã absoluta foi em 1970, com 'Lendas e mistérios da Amazônia'. Em 1984, dividiu o título com a Mangueira. 

A exigência por desfiles cada vez mais rebuscados, financiados pelo grande mercado que se tornou o Carnaval, causou um conflito de sentimentos na Portela, que resistiu para implantar a nova tendência ao seu desfile. 

Em 2006, a escola deu início à mudança e terminou em sétimo lugar, a uma posição de voltar para o desfile das campeãs. A promessa desta vez é brigar pelo título, e a Portela aposta em um samba que há semanas é líder nas rádios cariocas. 

- A Portela demorou um pouco mais a se adequar por não querer deixar que a emoção se perca junto à técnica. A Portela é uma escola muito tradicional e há de se respeitar isso, mas sei que precisa ter técnica - afirmou Mello, que há três anos coordena os desfiles da escola. 

- Este ano, vamos ficar muito próximos, não digo que é a perfeição, mas vamos estar preparados para ganhar o campeonato. 

RECUPERANDO O ORGULHO PORTELENSE 

A necessidade de modernização era consenso na escola, e se engana quem pensa que a mais tradicional Velha Guarda do Carnaval era contrária à nova postura. 

Aos 73 anos, 60 desfilando pela Portela, o sambista Monarco confessa frustração pela longa espera por um título e exalta uma Portela 'profissional', fruto do trabalho do novo presidente Nilo Figueiredo. 

- Todas as escolas sonham com o título do Carnaval e a Portela também tem que pensar desta maneira. Somos a escola mais tradicional, mas também precisamos entrar nesta disputa, porque há muitos anos não conseguimos uma boa colocação - disse ele à Reuters.

- O dono precisa estar com o umbigo no balcão pro negócio funcionar, e acho que a Portela estava abandonada. Agora todo dia a gente vê o presidente lá no barracão, em cima do pessoal. 

Para recuperar a auto-estima e o orgulho portelense, a escola investiu na comunidade boa parte do orçamento de 4,5 milhões de reais para o desfile deste ano. Além dos ensaios na quadra, quase metade dos 4.500 componentes serão de Madureira, com fantasias distribuídas gratuitamente.

Nilo conta que o portelense tinha perdido o hábito de frequentar a escola e participar do dia-a-dia do Carnaval, muito devido à série de resultados ruins na avenida. Aqueles que estarão desfilando na Marques de Sapucaí na madrugada do dia 20 irão incorporar o enredo e cantar o samba com 'verdadeiro amor portelense', segundo ele.

- A Portela tem obrigação de fazer por merecer e honrar sua história. Ir pra a avenida e obter uma boa colocação é uma obrigação da Portela. Se vamos ganhar ou não, é outra coisa, mas o importante é estarmos em excelentes condições de brigarmos, e isso finalmente vamos estar - disse ele.